segunda-feira, 29 de junho de 2009

??? Não entender o que não entendemos ???


Hoje encontrei um antigo texto, presente de um amigo da escola (faz tempo), estava perdido em uma série de papelada, dessas que vamos acumulando sem motivo nenhum.

Era um texto sobre um monge, e a história me encantou profundamente.


"Dizia que certo dia, um monge subiu a um monte junto a seus discípulos, e em meio as orações e preces, ouviu gritos e gemidos vindos de uma aldeia abaixo, ao olhar deparou-se com um verdadeiro massacre, os membros da aldeia era dizimados por invasores "bárbaros". Ao ver a cena o monge suspirou cheio de lamento:

"Ah se eu fosse Deus..."

Um dos discípulos inconformado protestou imediatamente:

"Mestre que blasfêmia!! por acaso esta dizendo que Deus não sabe o que faz ao permitir que isso aconteça, ou ainda que se fosse Deus faria algo diferente?"

O mestre olhou com calma, cheio de pesar e disse:

''Se eu fosse Deus, poderia compreender o que acontece"


Desconheço o autor, mas acho o texto de muita sensibilidade, a claro aproveito para discutir uma ou duas questões sobre o mesmo.


O saber compreender, o saber entender, o saber conhecer. Somos bombardeados dia a pós dia com montanhas de novos conhecimentos, de descobertas, de inovações cientificas, e que maravilha é isso, adoro a época em que vivemos, e sem duvidas não desejaria pertencer a outra qualquer. Porém afirmo que gastamos tempo demais querendo entender o mundo ao nosso redor, e as vezes me pergunto até onde isso é necessário, ou útil.


Contabilizamos tudo, o tempo, as relações, atribuímos valor as pessoas, procuramos ter exatidão em tudo o que fazemos, não nos permitimos errar, e não aceitamos o erro dos outros. Buscamos exaustivamente a perfeição, queremos ter a resposta correta para tudo sem margem para duvidas, queremos provar e queremos que nos provem tudo.


Pedimos que o outro nos apresente quase que em uma equação matemática o quanto nos ama, queremos que explique o por que, que prove por "a +b" tudo que diz, queremos transformar sentimentos em números. tentamos a todo custo moldar o que é abstrato.


E esquecemos que algumas coisas não podem ser entendidas, não podem ser explicadas, algumas coisas não podem ser escolhidas ou mudadas a nossa vontade. Nem tudo pode ser compreendido, não há meios para compreender o por que alguém te ama ou não, ou saber o quanto te ama, ou o por que não te acha interessante, ou bacana. Quantas vezes já desejamos estar apaixonados por alguém que nos quer bem, e não conseguimos. Por maldade? Não, por que não somos capazes de tudo, não sabemos por que gostamos de determinadas pessoas e de outras não. O saber pertence a razão, e a razão não atua em todos os campos.


Creio que deveríamos passar menos tempo pensando em certas coisas, e vive-las enquanto as temos... já dizia um antigo ditado "o que não tem solução, solucionado está". O mundo não nos pertence, apenas fazemos parte momentaneamente dele, nem mesmo sabemos se por muito ou pouco tempo. Perguntar por que estamos vivos, não é o mesmo que viver, "entre o céu e a terra... já existem coisas demais" precisamos mesmo arranjar mais incógnitas do que as que já existem? Acho que seriamos mais felizes, se não ficássemos tentando descobrir o porquê não somos, acertaríamos mais se não ficássemos justificando nossos erros. Poderíamos tanto...


quinta-feira, 11 de junho de 2009





Meninas todo sapo é príncipe, o segredo é simples, feche bem os olhos respire fundo e de um beijo apaixonado, e ai vai o segredo, precisa manter os olhos sempre fechados, e quando abrir olhe pro lado...rsrsr...

Dia dos namorados


Martha Medeiros, adoro seus escritos, são de uma sensibilidade única, por isso que hoje, véspera do dia mais love do ano, escolho dois trechos dessa fantástica escritora para postar no blog em homenagem a todos os apaixonados e dispostos e se apaixonar todos os dias.




"Apesar de todos os livros escritos,


todas as sentenças filosóficas


todas as análises terapêuticas


todos os exemplos de paixões falidas


continuamos amando




Apesar de não termos mais 15 anos e


estarmos numa idade em que os outros


acreditam que nosso coração envelheceu


continuamos amando"






Pois é , por mais maluco que seja sempre amando...

sábado, 6 de junho de 2009

os dispostos se atraem

"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem" (Teatro Mágico)
Já repararam o quanto somos injustos com a vida as vezes, ou como nos recusamos a aceitar as coisas que ela nos dá de mão beijada, o quanto desconfiamos da sorte, e o pior o quanto acreditamos na lei de Murphy ( aquela que diz: se um coisa pode dar errado, com certeza dará)
Difícil ser feliz assim, e nem falo sobre lei da atração, sobre fé, ou mística, mas sobre simples percepção da vida. Escuto pessoas dizendo o tempo todo o quanto gostariam de fazer isso ou aquilo, e simplesmente não o fazem, inventam mil desculpas, para justificar sua incapacidade de se auto realizar e culpabilizam a vida, por suas próprias escolhas.
O trabalho é o melhor exemplo disso, quem nunca ouviu (ou falou) que está infeliz no trabalho, que não ganha bem, que detesta o que faz, que não reconhecem sua dedicação e tal. Isso é bem comum, mas vamos pensar bem, quantas pessoas nessa situação já se deram o trabalho de tentar mudar alguma coisa, quantas procuraram de verdade um outro emprego, quantas investiram tempo e estudo em outra profissão... poucas, e as que o fizeram já estão em outra ou a caminho.
Quantas vezes encontramos amigos em relações destrutivas, em namoros e casamentos que os fazem infelizes, e no entanto preferem viver das migalhas de um mal amor, ao invés de romper laços antigos, desgastado, que só fazem mal, a todas as parte envolvidas. Sei que as vezes as coisas acontecem além de nossas escolhas, ninguém opta por um parceiro que lhe agrida, lhe ofenda, lhe bata, o faça sofrer; mas escolhemos ficar ou não nessa relação, escolhemos dar um basta ou tolerar. Não podemos culpar a vida, o destino ou Deus por nossa falta de coragem em decidir o que fazer ou não.
O mundo esta repleto de pessoas bacanas, e boas oportunidades, é impossível que nenhuma lhe caía bem. Não podemos melhorar de vida, sem aprender antes a renunciar, a abandonar e esquecer o que nos faz mal. Sei que a mudança gera medo, e insegurança, afinal nos aventuramos rumo ao desconhecido, é natural do humano temer aquilo que desconhece, mas também é natural do ser humano a superação as dificuldades e transtornos. Costumo dizer aos meus amigos que em algumas situações não conseguimos mais manter o equilíbrio e que passamos a cambalear pela vida, andamos de forma desajeitada, estranha, se contorcendo para não cair, o irônico é que nessa situação a queda é a única solução para consertar nossa postura, afinal só podemos levantar depois de cair, é duro mas as vezes precisamos dar uma passada pelo inferno para conseguirmos reconhecer o paraíso.
Só podemos ser aquilo que nos dispomos a ser e nada mais...