sábado, 20 de março de 2010

Riscos a dois




Recentemente presenciei o casamento de um querido amigo, um rapaz jovem, 23 anos e sua noiva com aproximadamente a mesma idade, um belo e apaixonado casal. Eu particularmente, confesso que adoro casamentos, acho um gesto de extrema beleza. Mas não por todo ritual, não falo da decoração, do vestido, das juras trocadas no altar.


O que realmente acho belo é a entrega de ambas as partes a uma nova vida. A esperança de um casal em ser feliz, em compartilhar a vida, de correr todos os riscos possíveis em nome da crença no amor.


Existe uma bela ingenuidade nos casamentos, provavelmente feita da mesma matéria dos contos de fadas infantis, talvez por isso seja tão encantador, belo e atraente. A boa e velha crença no amor, onde ambos se encontram nos olhos do outro, onde o "meu" se torna"nosso", onde se deixa de estar só e sempre há o outro, depois do casamento dois se tornam um, nas festa, nas reuniões de amigos não falamos mais ele ou ela, falamos eles, como se um se tornasse sinônimo do outro.


Concordo um pouco com os pessimistas que dizem que é uma loucura, e realmente é, mas o que seria da vida sem as doces loucuras, sem o brilho dos eternos romances e sem a sensação de ter encontrado o amor de sua vida?


Provavelmente seriamos chatos e amargurados de plantão, desiludidos com vida e com as pessoas. Por sorte não somos assim, na verdade nem todos somos assim, ainda bem, pois os sonhadores e românticos incorrigíveis garante um colorido ao mundo, sem o qual as coisas seriam muito sem graça.


Afinal se não acreditarmos no amor, na união de duas pessoas, vamos acreditar no que? na política? na economia? na tv? ... Péssimas opções fiquemos com o amor.