sábado, 3 de outubro de 2009


Fica sempre

Um pouco de perfume

Nas mãos que oferecem rosas


Passeando pela net encontrei um belo poema, mas confesso que somente o começo me chamou atenção, por isso o destaquei acima deste pequeno texto.

Achei o verso de imensa sensibilidade, penso ao lê-lo que não somos habituados a dar, que sempre esperamos receber do outro ou dos outros.

Só nos sentimos amados e queridos quando ganhamos algo daqueles que amamos ou queremos bem, pode ser uma jóia, um cacareco qualquer, um beijo inesperado, um telefonema... O fato é que esperamos que as pessoas que nos amam nos presenteiem com objetos ou ações, achamos que quando somos importantes e quando há amor, temos que receber algo que consolide e que confirme esse amor.

E nos esquecemos que amar, não é receber, pelo contrário amar é muita mais dar do que receber, é entregar o que se tem de melhor gratuitamente. Não existem trocas no amor, não podemos pedir que o outro dê na mesma medida que recebe. Afinal cada um tem seu jeito de amar, ou melhor, o jeito de dar amor!

Não nego que receber flores sem motivos, ouvir bons elogios, ou um telefonema no meio da noite, agradem a todos(as), mas isso são coisas que temos ou não temos, não podem ser exigidas. Afinal aquilo que é fruto de alguma cobrança, não é real, não é amor, no máximo se torna uma obrigação, o que temos que admitir que é um "porre" para qualquer um.

Lembro de uns versos que ouvi a um tempo, na verdade lembro da ideia, as palavras na integra me fogem a mente. Mas era algo em torno da ideia, que nada no mundo é nosso, nada que temos nos pertence, as únicas coisas que podem ser chamadas de nossas, são aquelas que entregamos aos outros, um presente que dá ao outro será sempre um presente seu, um beijo dado em alguém será sempre um beijo seu. Somente aquilo que é dado aos outros não nos pode ser tirado. Por isso, mesmo correndo o risco de ser redundante finalizo da mesma forma que a pouco inicio


Fica sempre

Um pouco de perfume

Nas mãos que oferecem rosas

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