quinta-feira, 28 de maio de 2009

O difícil jogo de AMAR


O que é amar??? Sem dúvidas essa é uma pergunta de caráter dual, ora pode ser simples e ora muito difícil. Cada um de nós carrega consigo uma ideia única e própria do que é amar, uma definição que nos parece perfeita, porém não conseguimos expressá-la de forma convincente aos demais, simplesmente por que nossos conceitos não são transferíveis.


Ao longo da vida vamos aprendendo a definir nossas próprias opiniões, nossos gostos, desejos, ideias e sentimentos, é um processo natural a todos, porém manifesta-se diferente em cada pessoa. O que somos, e o que pensamos é definido pelo andamento de nossas vidas, ou seja pelo acumulo de experiências, e acontecimentos que vivemos e enfrentamos. Essa carga de experiências (boas ou ruins) definem ou moldam nossa personalidade, e claro nossos valores, nossos conceitos e o modo com interpretamos e nos damos com nossos sentimentos.


Daí a dificuldade de expressar aos outros o que sentimos, afinal o universo dos sentidos e sentimentos é totalmente abstrato, e a cada pessoa esse "quadro" adquire uma característica singular, clara somente aquele que o conhece. Creio que esse é o principal motivo para as falhas de comunicação entre os casais, os namorados ou "enrolados", pois não conseguimos nos fazer compreender e nem compreender o outro.


Afinal temos o péssimo habito de medir os demais, por aquilo que somos e achamos correto, sem nos dar conta que essas podem não ser as medidas de referencias do outro. No amor esperamos que nossos parceiros (as) se comportem de forma X, tendo atitudes que teríamos em situações diversas, e claro acabamos nos decepcionando, brigando, chorando e todo o blá, blá, blá de todos os relacionamentos. Tudo isso simplesmente porque ignoramos que o outro não pode ser nossa imagem e semelhança. Cada individuo é único e tem um jeito só seu, podemos encontrar alguém parecido, mas jamais igual.


Dessa forma temos que por em mente que não vamos encontrar, a pessoa perfeita, que combine conosco de forma integral, porque essa pessoa só existe dentro de cada um, criamos uma imagem, um estereotipo de parceiro(a) ideal, e quando o outro não corresponde aquilo que imaginamos, nós o culpamos e brigamos, dizemos que nos enganamos com a pessoa, que quebramos a cara, ou que ela fingiu ser aquilo que não era. As vezes julgamos e as vezes somos julgados, o fato é que essa situação sempre é injusta e desagradável. Mas não sem solução.


Imaginem um quebra cabeça, as peça são diferentes, cada uma tem um formato e um lugar próprio, porém sempre se encaixam, assim somos nós, somos diferentes, peças únicas, só temos que aprender que a peça que vem ao nosso lado, que nos completa não pode ser igual, caso contrário jamais se encaixaria. Claro o amor é um quebra cabeça grande demais, com tantas peças, que as vezes parece impossível junta-las, mas acreditem dentro do amor cada peça encontra seu lugar. Acreditem e dêm chance ao amor, afinal qual outra coisa a vida nos oferece sem pedir nada em contra? O amor nos dá vida, e as outras coisas nos matem vivos, há uma grande diferença entre apenas sobreviver e estar integralmente vivo... por isso amem, e se deixem amar.



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